quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Yumeria

Yo, putos!!

Como vão vocês depois desse carnaval?

Pois é, depois de muito samba nas orelhas e um joelho machucado, eu volto para falar de mais um dos meus primeiros animes que assisti diretão: Yumeria.


Yumeria surgiu de um game para PS2, do gênero Shonen Visual Novel que ganhou uma adaptação para anime em 12 episódios, em janeiro de 2004. Dirigido por Motonaga Keitaro e produzido pelo Studio Deen, a animação tem qualidade altíssima e foi feito com um capricho genial. Logo a primeira coisa que me chamou atenção quando comecei a assistir o primeiro episódio foi essa qualidade alta que colocaram na produção deste anime. Com um roteiro muito chamativo e interessante, Yumeria se tornou na minha opinião um motivo de orgulho por ter assistido. Um anime pequeno, com conteúdo, comédia, ação, referências sensacionais, fanservice e alto nível de produção. Vamos para a nossa querida review então!!

A história começa quando Mikuri Tomokazu, um adolescente japonês comum de 15 anos com uma vida incrivelmente sem graça faz aniversário. Ao completar seus 16 anos de idade e comemorar com sua prima mais velha Senjou Nanase, que é sua parente viva mais velha e mais próxima, portanto responsável por ele, tem um dia agradável e vai dormir. O enredo começa a partir DAÍ! Tomokazu tem um sonho incrivelmente realista em que ele vai parar em um mundo deserto e alternativo, que está sendo atacado por criaturas mechas gigantescas. Ao ficar desesperado achando que morreria, o protagonista foi salvo por uma linda garota lolicon de cabelos azul-arroxeados (WIN!) que voava pelos céus com uma roupa branca e toda repicada (Double WIN!) e atirava raios azuis poderosos para aniquilar as estranhas criaturas (Triple WIN!). Após explodir o inimigo, a garota cai no colo de Tomokazu desmaiada (EPIC WIN!) e é então que o herói acorda. Aí você pensou "Pô, sair de um EPIC WIN para um EPIC FAIL de acordar e perceber que era tudo mentira seria TOSCO!". Eu concordo com você. E é por isso que Yumeria é tão bom.

Ao acordar, a garotinha lolicon de cabelos azuis-arroxeados ESTAVA LÁ (DOUBLE EPIC WIN!)! E NUA (TRIPLE EPIC WIN!)! E ELA SÓ FALA "MONE MONE", E ADORA O TOMOKAZU (MONSTER WIN!!!!!)!!

Para quem gosta de um fanservice bem bolado, o primeiro capítulo já vale por toda a vida!

Mas enfim, cof cof, voltando para a Review do enredo...

A partir desse momento, Mikuri Tomokazu começa a perceber que tem o poder de acessar este mundo paralelo chamado Moera, o mundo dos sonhos. Além de ser o único a ter acesso restrito, ele inconscientemente também adquire a habilidade de transportar pessoas para dentro e fora dos sonhos. Resumindo: A sua melhor amiga e parzinho romântico Agatsuma Mizuki, Mone (a garota epic Win), sua prima Nanase, sua outra prima Kuyou e uma piveta sem-teto chamada Neneko (que ele conhece do nada na rua) começam a conseguir acessar Moera todas as vezes que dormem. Dentro de Moera, todos adquirem poderes ao receberem o toque de Tomokazu (que é quase sempre um clássico Agarra-teta) e se tornam como Mone, guerreiras com roupas repicadas que soltam raios para derrotar Mechas e salvar o mundo!!

E melhor! Com uma genial referência a qualquer Tokusatsu de Super-Sentai!!

 

O enredo vai se desenvolvendo a partir das batalhas contra os Faydooms (que são aqueles Mechas gigantes que eu falei agora pouco ;D) e de como eles conseguem, mesmo dentro dos sonhos, influenciar o mundo real. A partir destes riscos de influências vindas dos Faydooms, novas revelações acontecem e o objetivo no protagonista não se torna apenas brincar de Changeman durante os sonhos, mas proteger os bons sonhos da humanidade dos pesadelos, garantindo assim a segurança de um futuro melhor.

Adicione um pouquinho de Fanservice bem dosado a este enredo, com uma comédia de ótimo gosto (apesar de alguns toques de humor negro leve que fazem você morrer de rir), a qualidade exemplar já comentada anteriormente... BUM! Temos um sensacional anime!!!

Um ponto que ficou esquisito em Yumeria foi o excesso de caracterização das personagens mais novas. Apesar do charme lolicon não ter ficado exagerado e muito bem utilizado, é fato que a produção deste enredo acha que TODA garota mais nova que o protagonista deve ser retardada e ter cagoetes esquisitos na fala.

Mone, a primeira loli que nos aparece, só fala MONE MONE. Não aprende sequer UMA palavra durante a vida, o que deve ter enchido o saco também de Arishima Moyu, sua dubladora (que pelo jeito tem esse como um dos seus únicos papéis principais, já que o outro mais conhecidinho foi em Hanaukyo Maid-Tai interpretando a otaku Ikuyo. E olha que Hanaukyo Maid-Tai é incrivelmente UNDERGROUND!).
Além de Mone só falar Mone, como se fosse um Pokémon, temos a piveta Neneko e seu gato Koneko. Koneko só mia de um jeito esquisito, o que deve ter enchido o saco de sua dubladora também, Fukuen Misato, que apesar do papel mais babaca, é bem mais famosa e renomada que Arishima (todos aí lembram da vozinha de Kurono Kurumu, de Rosario+Vampire, dizendo YAHOO!! né?). Já Neneko, a dona do gato com a voz da Fukuen, tem duas personalidades. A principal, que é a verdadeira piveta Neneko, fica falando "Na no da" no final de toda frase, e acabou por uma utilização tosca da voz divertida de Nakanishi Tamaki (que interpretou papéis divertidos e não irritantes, como Nagatsuki Kuryuu em Happy Lesson! e Nanao Ai em Kanokon). E é bem chato ter que ouvir Nanoda no final de toda frase, nanoda. A outra personalidade de Neneko é boring, e tem a voz também mal utilizada de Suzuki Mariko (que interpretou o papel ÉPICO da Chigusa-sensei em Green Green).
A outra personagem mais nova não é lolicon, mas apenas um ano e meio mais nova que Tomokazu. Senjou Kuyou tem 14 anos, já tem tanto peito quanto Agatsuma Mizuki (que tem 16) e é muito mais sexy. Para uma garota dessas, a gente colocaria uma voz bonitinha que não irritasse - o que não foi feito. Nakayama Sara (que interpretou Chitose Midori - outra irritante - em Green Green) tem uma voz que enche o saco quando se ouve por mais de sete segundos. Para piorar, assim como todas as outras garotas mais novas que Mikuri Tomokazu, ela também tem cagoete na fala. Antes de terminar uma conclusão, ela tem que enfiar um maldito "Tsumari" antes da finalização da frase. Esse Tsumari significa nada menos que "Resumindo". É como se eu fizesse toda essa review sobre as dubladoras de Yumeria e terminasse dizendo "Resumindo: As pivetas são um SACO!".



Mas analisando por um lado diferente, os outros personagens (ou seja: As não-pivetas) tem vozes muito boas. A voz doce e ao mesmo tempo animada de Asano Masumi (Sonsaku Hakufu em Ikkitousen, e Mari Ayuki em Kashimashi) ficou ótima em Agatsuma Mizuki. A voz dela é gostosa de se ouvir e agradou bastante ao ser intercalada com as pivetas irritantes - tirando um pouco da dor de cabeça que elas dão.
Mikuri Tomokazu foi dublado de forma sensacional por Hatano Wataru (Chikuma Koshiro em Basilisk) e deu bastante emoção nas cenas do anime. A cena em que Mone surge na cama dele no primeiro episódio e o faz berrar após um delay de 5 segundos para cair a ficha me fez cagar de rir. Palmas para Hatano-san, trabalhou magnificamente!
Mas os dois atores que fizeram a dublagem do anime valer a pena foram Inada Tetsu interpretando Ishikari-sensei, o professor que maltrata Tomokazu o dia inteiro através de pancadas, bloqueios na escada, provas incrivelmente difíceis e queimadas com bolas espinhentas e explosivas; e a gênio Inoue Kikuko (Kazami Mizuho em Onegai Teacher, e mais uma porrada de professoras por animes aí) que fez de Senjou Nanase (QUE TAMBÉM É UMA PROFESSORA!) uma mulher super doce e carismática. Mas mesmo com estes dubladores geniais, não adianta nada ter metade do elenco nas coxas.

"Resumindo: A dublagem de Yumeria não foi legal não."





Tendo a dublagem como único ponto realmente fraco, eu vou dar para Yumeria a nota "9.0". E de forma justa. O enredo é bom, a idéia é boa, o desenvolvimento é bom, os personagens são carismáticos, a história envolve o espectador, a animação é boa, o traço é bonito e a diversão proporcionada a quem assiste é realmente proveitosa.

Portanto Yumeria é um anime curtinho altamente recomendado pra você que quer ter algumas horas de diversão na frente da telinha. Assista Tomokazu e suas amigas serem transportados para o mundo dos sonhos e salvarem o mundo de todos os pesadelos!

Espero realmente que gostem deste anime assim como eu gostei, e que recomendem para muitas pessoas. Yumeria é um anime ótimo que por aqui pelos nossos cantos, não é muito conhecido.

Quem sabe a gente não divulga legal pra todo mundo conhecer? Aí a gente pode ver uns cosplays de Mizuki, Nanase, Kuyou, Mone e Neneko nos Anime Friends da vida ;)

Bons sonhos

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Elfen Lied

Olá de novo, meus putos!

Eu sei que não se passou nem três dias desde que eu postei a última Review, mas acho que o negócio vicia. Portanto hoje vou falar de algo que a maioria daí conhece, ou no mínimo já ouviu falar: Elfen Lied.


Lembra da Review de Love Hina, que eu comentei que se você leu o mangá você não poderá assistir o anime?

Pela primeira vez na Terra vamos falar do caso CONTRÁRIO.

Elfen Lied foi originalmente criado por Okamoto Lynn na revista adulto-juvenil Young Jump, a mesma que publicou GANTZ, por exemplo. Foi um lançamento semanal e que fez muito sucesso.

Não sei por que.

Um mangá ruim como aquele não merece aquele tanto de leitores. Com uma arte feia e suja, o roteiro mal contado e a dinâmica pobre, Okamoto fez literalmente uma porcaria. Mas eu não fico triste pelo sucesso deste mangá não. Muito pelo contrário, eu agradeço horrores aos japoneses que tem esse mal-gosto.

É graças a ele que saiu o anime.

 
SIM! É DISSO QUE ESTOU FALANDO, BABY!
A dinâmica e narrativa ruins de Okamoto foram substituidas por uma ótima animação do diretor Kanbe Mamoru. O desenho porco também foi substituido por personagens bonitos, carismáticos (na medida do possível pra uma história como essa) e acima de tudo: Anatomicamente corretos.

Com desenhos e dinâmicas bem feitas, então só nos resta aproveitar o ponto alto deste anime: GAROTAS BONITAS E NUAS, SANGUE, VIOLÊNCIA E PUTARIA!

Por que?
Trata-se de uma história que conta uma possível evolução do ser humano, os "Diclonius". Ao começar a surgir uma raça como essa, que tem chifrinhos que parecem orelhinhas de gato que você compra no Anime Friends por menos de dez reais, cabelos rosa-avermelhados (que parecem de cosplay também, daqueles que você pesquisa no e-bay) e braços invisíveis que atingem uns dois metros de altura, É CLARO que eles sofreriam maus tratos e preconceito! Sofrendo com isso, os Diclonius começaram a evoluir entre si, e chegaram a um nível que essa raiva pelos humanos que lhes maltrataram fez com que os Diclonius novos nascessem já sem o mínimo amor no coração, e com o tempo saíssem matando os humanos com o intuito de fazer uma terra só para a raça evoluída.

Por causa desta revolta automática dos Diclonius desde o nascimento, assim que eles nascem (de mães normais mesmo) já são ou sacrificados (Eutanásia, baby) ou são presos para pesquisas tecnológicas, biológicas e evolutivas.

 

O anime então começa quando uma das Diclonius mais poderosas, Lucy, consegue fugir de sua cela em uma destas orgnizações de pesquisa. Ao matar 80% dos funcionários da empresa usando seus "Vectors" (que são os braços invisíveis e gigantes e - ainda por cima - super fortes e resistentes), consegue finalmente achar a saída. Mas é aí que ela toma um tiro na nuca, que bate em seu capacete e cria uma pancada forte, que a faz desmaiar e cair em alto mar. Achando que a vadia tinha virado presunto, os caras da organização conseguiram relaxar o rabo e desistiram de caçá-la.

Mas Lucy sobreviveu, com uma segunda personalidade criada no choque da bala em sua nuca! Essa personalidade não sabe de NADA, nem mesmo falar. O único som que consegue emitir é "Nyu", que acaba virando seu nome ao conhecer o protagonista Kouta e sua prima com complexo, Yuka. Diferente de Lucy, Nyu é fofa, amigável, amável, inocente e sorridente, adorável, encantadora, linda e carinhosa. Não tem idéia do que são Vectors, do que é uma Diclonius, por que infernos tem chifrinhos de cosplay e cabelos ruivos arrosados mesmo sendo japonesa. Ainda assim, não liga para tais fatos, assim como também não liga para quando está sem roupa na frente do protagonista. Ou na frente de qualquer um.

A partir daí o anime se desenvolve em volta da história do Okamoto lá, só que muito mais envolvente. Embora a história seja boba e meio que "pensada nas coxas" só pra ter ação gore e gostosas peladas grátis, este anime de suspense/terror dá sim, um cagaço da porra.

Eu particularmente estava sozinho em casa durante as férias de julho, naquele frio, embrulhado num edredom na frente do PC. Comecei a assistir esse anime achando que era só uma ação meio violenta, lá pela meia noite e meia.

Claro que não dormi. Tive que assistir o anime inteiro de uma vez só e ir dormir depois que a história acabou. Se parasse pelo episódio seis ou sete e fosse dormir, CLARO que apareceria uma diclonius no meu sonho e me aniquilaria quatro vezes. Duh!

Tem que ter cu.

O enredo tosco e besta só tirou um pouco do envolvimento que a gente gosta de ter com os personagens. Ainda assim, é bem sentimental e profundo, fazendo você pensar bastante sobre a crueldade do ser humano, e onde ele pode chegar pra conseguir seus desejos egoístas ou menosprezar os outros para fazer de si alguém mais importante. Isso sim, foi algo bem expresso.

Outra coisa que gostei foi, novamente, da dublagem. Trata-se de Kobayashi Sanae fazendo vozes fininhas para Nyu e vozes tenebrosas para Lucy. E Yuka, apesar de uma personagem babaca que ninguém gosta de verdade, foi atuada por ninguém menos que Noto Mamiko. Aaah, a Noto Mamiko *o*

O elenco também conta com Suzuki Chihiro, Hosoi Osamu, Nakata Joji, Matsuoka Yuki e Hagiwara Emiko nos outros papéis mais importantes (respectivamente Kouta, Kurama, Bandou, Nana e Mayu), que fizeram trabalhos espetaculares. Matsuoka Yuki inclusive quase me pareceu a diva Mizuki Nana em várias cenas. Pena que não era ela. Mas tudo bem, eu acho :D





Pra fechar essa Review então vamos concluir a nota para Elfen Lied:

Animação boa, enredo ruim, garotas nuas OK, sangue OK, trilha sonora DIVINA (Lilium owna TUDO, e Kawabe Chieko cantando "Be Your Girl" no encerramento não precisa de mais nada), personagens bobos (com exceção dos diclonius), cagaço da porra. História fraca, narrativa decente, envolvimento mediano.

Eu achei que Elfen Lied pode levar merecidos "8.7" pra casa com todo orgulho. Se saiu melhor que Love Hina. O que é bem injusto, já que Akamatsu-sensei é BEM melhor que esse tal de Okamoto. Há.

Foi um tempo de cu preso bem divertido enquanto assisti a série durante uma única madrugada, portanto eu indico SIM este anime. Principalmente se você tem gostos otaku tão esquisitos, alterados e LEGAIS como os meus, que vêem em sangue, peitos, calcinhas, violência e putaria a verdadeira diversão!!

Claro, modere. Senão você vai sair por aí se achando o diclonius e matar o seu cachorro.

Boa sorte!

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Love Hina

Olá, meus putos!
Meu nome é Chucky Vile, e eu estou iniciando este humilde blog para dar Reviews aos animes que eu já assisti e tenho bastante o que criticar. "Mas o que isso vai me ajudar?" você pergunta... E eu respondo: "SIMPLES! Você tá afim de assistir um anime mas não sabe qual escolhe daquela lista imensa de downloads que tem no site que você achou? Leia aqui! Se gostar, assista, se não gostar, não assista!". E além disso, junto com muitas reviews de anime eu também colocarei junto notas sobre os seus respectivos mangás, o que vai ajuda-los a escolher também as obras de leitura. Se não servir de nada, no mínimo você vai dar boas risadas, porque pode ter certeza: Não sei se tenho bom gosto, mas sem dúvida tenho bom humor.

Para começar com chave de ouro, vou lhes dividir meu conhecimento sobre o primeiro mangá que li de início ao fim, para depois assistir o anime e ter conteúdo o suficiente para repartir neste blog horroroso.



Sim, rapazes! Estas são as beldades criadas por Akamatsu Ken e sua incrível habilidade de fazer qualquer garota (Sim, QUALQUER garota) parecer sexy! Seu traço bonitinho e gracioso fez as personagens japonesas parecerem japonesas apesar dos peitos e olhos grandes. O mangá é realmente bem desenhado e MUITO bem escrito, afinal de contas, quem nunca morreu de rir lendo um livrinho de Love Hina, certo?

Pois é, aí vem a grande questão. Depois de ler duzendos e quarqueirada de capítulos de um mangá fenomenal do Akamatsu, com uma comédia romântica que consegue SIM tirar o fôlego do leitor, você no mínimo aguarda um anime de nível médio ou alto. Ou não.

Lembra do que eu falei do traço gracioso do Akamatsu? Pois é.


PELO AMOR DE SUZUMIYA, O QUE ACONTECEU!?
Onde está o traço gracioso do Akamatsu!? Onde está a sensualidade das japonesas com olhões e peitos?? POR QUE INFERNOS ELAS FICARAM GORDINHAS E MALFEITAS!?

NUNCA um mangá foi tão mal representado em anime quanto em Love Hina, em termos de traço. O desenho sempre muda, fato, a gente já espera isso logo de cara... Mas fala sério, uma coisa é mudar para fazer uma adaptação, outra coisa é simplesmente MUDAR! Narusegawa Naru não ficou parecendo Narusegawa Naru, assim como Aoyama Motoko, Maehara Shinobu, Kaolla Su, Konno Mitsune, Urashima Haruka, e além disso, quem MENOS se parece com o original é o protagonista: Urashima Keitaro. E a pior parte é que existem de fato duas pessoas que ficaram parecidas com o mangá nesse anime: Shirai e Haitani, os dois amigos do protagonista que mal aparecem.

Cacete, se não aparece, dava pra fazer de qualquer jeito! Quem era pra ser realmente gostosa, bonitinha, kawaii e delicada, ficou parecendo a Geyse!

Vamos então mudar um pouco.

Deixando a aparência de lado, vamos ver o interior, afinal de contas, quem vê caras não vê que horas são. Principalmente se você tiver a foto da sua namorada grudada no relógio.

Love Hina, por Akamatsu Ken, conta a história de Urashima Keitaro, um garoto de 20 anos que falhou por 3 vezes consecutivas o vestibular para a Toudai, ou a Universidade de Tóquio. Intrigado e deprimido pela sua incapacidade, além de ter que arcar com as dificuldades de um Ronin (estudante para vestibulares), ainda é expulso da casa dos pais. O único lugar que lhe resta é a pensão da vovó Hinata, a Hinatasou. O que ele não sabe é que essa pensão se tornou uma pensão só para garotas, e é CLARO, todas gostosíssimas. Morando sozinho em uma pensão lotada de cocotas, o garoto que apesar de parecer meio boiola por demorar anos pra conseguir pegar alguém, se apaixona por uma das moradoras, Narusegawa Naru. Mas ele não quer se envolver com garota alguma, pois o seu verdadeiro amor é alguém que conheceu na infância e prometeu a ele que se casariam quando se encontrassem NA TOUDAI. Vendo várias possibilidades que faziam parecer que Narusegawa era a garota da promessa, as aventuras começam a partir daí e tomam rumos muito diferentes conforme a história vai se desenvolvendo, principalmente quando temos a aparição de Otohime Mutsumi, que tem TODAS as evidências necessárias para ser a verdadeira garota da promessa.

Apesar do lance de um garoto com várias gostosas ser super clichê em mangás de comédia romântica Ecchi, temos que concordar que Akamatsu soube fazer isso incrivelmente bem. A dinâmica dos quadros, a narrativa, a introsão dos personagens entre si e também com o leitor é um exemplo para qualquer um que queira um dia escrever uma comédia do gênero.

É uma pena que o anime tenha saído dessa forma...

Urashima Keitaro, versão gordinha e com cabelo de geek, vai viver na pensão da vovó Hinata, beleza. Conhece as garotas, se ferra, e se apaixona por Narusegawa Naru, beleza.

QUEM DIABOS SÃO AQUELES MONGES VELHINHOS QUE VIVEM PERTO DA PENSÃO!? E EXISTE ALGUM SENTIDO EM ALGO QUE ELES FALAM!?

Eles não existem no mangá, rs (L)

Além disso, o anime começou bem em termos de enredo principal, até se tornar uma verdadeira sucessão de invenções Filler. Quem diabos é aquele Kentaro bonitão que aparece pra dar em cima da Naru? E desde quando a irmã da Kaolla é vilã e tem um crocodilo branco?

Além disso, por que diabos o sonho de Aoyama Motoko é uma fase do videogame (Super Nintendo) do Keitaro que ela odeia?

É, pra quem não leu o mangá, o anime de Love Hina é ótimo. Pra quem leu, sinto muito.

O rumo tomado se torna COMPLETAMENTE diferente, até chegar no final e ter as ceninhas semelhantes sobre quem é a verdadeira garota da promessa, que assim como no mangá, fica em aberto e o leitor NUNCA de fato descobre. Isso foi bacana, apesar de super mal contado.

Outra coisa a ser relevada foi a escolha do elenco de dublagem japonesa. Horie Yui e Ueda Yuuji fizeram uma combinação perfeita como Naru e Keitaro. Isso sem precisar mencionar a ÉPICA Kobayashi Yumiko no papel de Kaolla Su.

"Kobayashi vai se tornar Seiyuu!!" <

Para tentarem se redimir com as falhas de roteiro, cortes de cenas do mangá e traços incrivelmente modificados, saiu Love Hina Again. Trata-se de uma série de 3 OVAs contando a penultima saga do mangá, quando a meia-irmã de Keitaro, Urashima Kanako, aparece e tenta casar-se com ele a qualquer custo.

Ficou ruim. Mas foi só uma adaptação mal pensada, por que está sim - melhor que o anime. O traço ficou similar ao de Akamatsu, a direção foi bem bolada, o mesmo elenco de Seiyuu... O problema foi uma falta de cabeças a mais pra pensar num enredo realmente bom como o original. Até aí, paciência.

Afinal de contas, a melhor saga de Love Hina (e também a última) que conta a viagem para o país natal de Kaolla, Mol Mol, não foi contada em momento algum. E por ser a saga final, já deu pra entender que este anime simplesmente não tem o final correto da história original.

Minha nota para Love Hina foi 8.5. Sim, uma nota relativamente alta para todas as críticas que dei. Apesar de todas as falhas, como eu disse anteriormente, pra quem não leu o mangá o anime é bom sim. Não é tão parecido com a história amada de Akamatsu, mas diverte bastante o espectador.

Então eu aconselho: Assista o anime de Love Hina sem ter lido o mangá. Se você leu o mangá, você fez o MELHOR possível, pois a obra é genial. Mas tome cuidado: se quiser assistir o anime, vai se decepcionar e talvez ter vontade de bater (ainda mais do que ja tinha) na Narusegawa.

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